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7 Super Dicas para Você “tirar a ferrugem” e voltar com tudo às quadras de Tênis!

Se grande parte dos tenistas profissionais sofre com a falta de ritmo no começo do ano, imagine AGORA, após esse longo período fora das quadras em decorrência do Covid-19!!

Analogamente, não é surpresa que o tenista amador também volte “enferrujado”, como se tivesse ficado anos sem encostar na sua raquete. E aí, é só errar uma, duas, meia dúzia de bolas que a confiança vai embora de vez...

Mas para que isso não venha a atrapalhar o seu retorno às quadras, preparei um guia com dicas de 7 exercícios para que você não tenha tempo de ficar lamentando erros consecutivos e possa recuperar rápido o “timing” da batida.

E já vou avisando: se você pensa que, para recuperar a sensibilidade dos golpes, o foco é apenas o movimento do braço e nada mais, está muito enganado. Para que a bola saia da sua raquete como deseja, é preciso que o seu corpo esteja em perfeita sintonia, na posição correta, em equilíbrio, e com a distância ideal para o contato com a bolinha. Por isso, os drills sugeridos aqui também envolvem movimentação, coordenação motora e explosão, para que você volte “tinindo” e surpreenda seus adversários com um repertório ainda mais calibrado.

Antes

Quando você voltar, o ideal é que comece o dia com uma corrida leve, em torno de 20 a 30 minutos, seguida de um bom alongamento para evitar lesões provenientes de deslocamentos bruscos, derrapadas ou até quedas.

Vá para a quadra

Após o aquecimento/alongamento, começam os exercícios dentro de quadra. Há jogadores que iniciam os trabalhos coordenativos ao longo da primeira semana, mas sem bola. Assim que recuperam a confiança, complementam os exercícios com a presença de bola para acelerar a recuperação técnica, de maneira que consigam “pegar” o timing (ideal com auxílio do técnico) o mais cedo possível.

Side-step saltitando sobre os cones

1) Tire o pó da Ferrugem

Esse primeiro exercício é fundamental para trabalhar a coordenação do jogador. O professor solta a bola sem peso para que o aluno tenha todo o tempo de olhar fixamente para ela, preparar o movimento e disparar o golpe. É importante destacar que a bola lenta é uma das jogadas que o tenista tem mais dificuldades no seu retorno, pois ela o obriga a imprimir maior aceleração na cabeça da raquete, ou seja, ele terá que “fazer a bola andar”.

Batida com open stance (pernas quase paralelas à linha)
- Sequência do drill:

O atleta realiza um trabalho de “side-step”, situação em que se movimenta lateralmente, passando pelos cones para voltar ao centro da quadra na continuidade do ponto. Quando o jogador fica muitos dias sem jogar, pode acabar perdendo a noção da distância ideal do corpo para a bola, ou seja, aqueles passinhos de ajustes que preparam o equilíbrio do corpo para desencadear o golpe. Nesse exercício, o professor pode manipular a trajetória da bola, atirando-a um pouco mais longe do atleta com o intuito de que ele chegue de open stance (com as pernas quase paralelas à linha). O destro entrará com a perna direita na frente, não esquecendo de manter o ombro esquerdo voltado para a bola. Por sua vez, o canhoto, como irá bater o backhand, entra com a mesma perna direita como apoio para a batida.

A. O atleta faz um “side-step” pelos cones e segue para buscar a bola do lado oposto. B. O professor lança a bola longe do jogador para que ele chegue com o apoio na perna direita para executar o golpe em open stance. C. Após fazer a batida, é importante voltar ao centro da quadra, movimentando-se lateralmente para a sequência.

2) Pegando o ritmo

No segundo drill, o jogador irá trabalhar o passing shot (passada curta), e dessa vez “entrando na bola”, diferentemente do exercício anterior em que o professor lhe forçou a buscar a bola. Agora, o tenista irá trabalhar mais o giro do tronco, evitando assim, cheguar de frente para a bola. No forehand, por exemplo, o mais recomendado pelos professores (desde as escolinhas) é que o aluno entre de lado, com a perna correta de apoio para executar o golpe ao invés do open stance (posição aberta).

- Diferenças:

No forehand open stance, o jogador projeta o corpo lateralmente à rede, mas posicionando as pernas paralelamente à mesma. Como a velocidade do jogo atingiu patamares jamais vistos, muitos atletas não têm tempo suficiente para posicionar a perna esquerda (para um destro, e a perna direita para o canhoto) à frente do corpo (closed ou square stance), e por isso optam por esse tipo de execução. Por mais que os professores ensinem seus alunos apontando a técnica do forehand closed/square stance, entrando de lado, os tenistas preferem bater o forehand com a “perna trocada” e isso faz com que ele tenha que usar mais a rotação do tronco para gerar maior potência, contudo terão mais tempo de recuperação para a próxima bola.

A) O jogador inicia o exercício da mesma forma que o anterior, com o “side-step”. B) A diferença para o primeiro drill está neste segundo passo. O atleta tem a bola mais à sua disposição e, portanto, tem tempo de apoiar o peso do corpo na perna esquerda e executar o golpe. C) Na sequência, o tenista se movimenta de lado em direção ao centro da quadra para recuperar terreno.

Movimento na diagonal sobre os cones

3) Mexa as pernas

Após esses primeiros exercícios, naturalmente o jogador começa a sentir a batida mais aguçada. Diante disso, ele necessita da repetição dos exercícios para ganhar mais tempo de bola, mas sem se esquecer do trabalho dos pés, o complemento necessário para golpes realmente eficientes.

- Sequência do drill:

O professor pode preparar o exercício com cinco cones em forma de “X”. Em seguida, o atleta se movimenta de lado, passando pela diagonal dos cones e batendo um forehand. Logo depois, ele se afasta (de costas) e passa pela diagonal oposta, movimentando-se lateralmente para executar o backhand. O objetivo é que o jogador encare essa sequência como um plano de jogo, simulando mudanças constantes de direção para que tenha uma ótima preparação e coordenação motora dos membros inferiores.

A) O jogador passa pela diagonal dos cones, movimentando-se lateralmente, para executar o forehand.

B) Após o golpe, o tenista se afasta (de costas) para o reinício do exercício.

C) Na sequência, passa pelos cones na direção oposta para executar o backhand (não se esquecendo da movimentação lateral).

D) Bateu o backhand, ele volta de costas para o início e retoma a sequência.

4) Regressão

Se passaram três ou quatro dias/treinos e o jogador ainda está com dificuldades em encontrar o “timing”, a solução é fazer um trabalho de regressão, e essa é a maneira mais eficaz de “relembrar o golpe”: procurar o paredão!

- Paredão:

Aqui o tenista fará um treinamento lento, em média de meia hora, executando forehands e backhands para que memorize os posicionamentos e as movimentações corretas. O propósito é que o jogador bata com uma velocidade média para ter tempo de realizar o swing por completo, e que se posicione no paredão reproduzindo a distância entre ele e a rede. Lembre disso: ficar mais próximo do paredão irá obrigar obrigá-lo a encurtar os seus movimentos e a aumentar a sua velocidade dinâmica para um jogo, essencial contra adversários com a bola mais pesada. Vale ressaltar que o trabalho dos pés é também a chave para essa sequência, assim como o é, durante os exercícios de quadra.

- Use bolas mais lentas:

Nesse momento, o professor pode auxiliar o jogador com bolas mais lentas para os drills, uma boa opção é a mediana (cor verde),

para que se tenha mais tempo de executar o movimento (opções: “soft” laranja e a "regular" amarela). Lembre-se: o foco aqui é fazer a bola girar e passar com uma boa margem de segurança da rede (linha delimitada no paredão).

- Fundamentos para trabalhar:

Segundo a maioria dos treinadores e professores, os tenistas voltam de períodos sem atividade e ou de férias, com maiores problemas na execução do saque, e aqui entre nós, é inconcebível recomeçar a jogar perdendo games e mais games pelo excesso de duplas-faltas. Deixarei aqui 5 dicas para que você tenista mantenha o seu serviço/saque afiado:

A) Com Step – sem bola: O primeiro passo é ajudar o jogador a ter a sensação real do momento em que salta para executar o saque, com o corpo totalmente esticado e a raquete no ponto mais alto.

B) Com Step – com bola: Na sequência, esse exercício irá exigir do jogador uma maior coordenação no lançamento da bola e, ao mesmo tempo, a articulação do joelho deve executar os movimentos de flexão e extensão para que ele aumente o impulso no saque. Esse salto permitirá que o sacador acerte a bola no ponto mais alto e também projete o seu corpo para dentro da quadra após o serviço, aterrissando no solo com o pé correto na frente.

C) Saltar os cones - sem bola: Muitos jogadores não têm a coordenação de flexionar os joelhos e saltar para acertar a bola sobre a cabeça, então o cone obriga-os a realizar o salto. Se o jogador tropeçar no cone, terá a certeza de que não está ganhando impulsão para executar o serviço.

D) Saltar os cones – com bola: O complemento do exercício anterior obriga o atleta a adquirir a coordenação automática para realizar o toss, em que o braço não-dominante (que lança a bola) é levantado vagarosamente para posicionar a bola no ponto ideal. Além disso, o movimento do braço também deve ser sincronizado com o das pernas e do tronco para que o sacador termine o golpe gerando potência e, consequentemente, saltando o cone.

E) Pronação: É o momento em que o jogador ganha velocidade no saque. O movimento de rotação do antebraço no momento do contato da raquete com a bola irá permitir que a face da raquete (paralela à palma da mão) bata na bola de forma paralela à rede e, assim, aumente a potência do golpe.

5) Explosão

O “timing” está voltando e o jogador já relembra como é a sensibilidade na batida. Agora chegou o momento de aliar tudo isso em situações de jogo. Assim, sugerimos que realize um movimento de “entrar e sair” nos cones posicionados na lateral da quadra, salte um obstáculo posto a poucos passos atrás da linha de base, e vá para a bola. A finalidade é trabalhar a sua movimentação (o movimento entre os cones representa os passinhos de ajuste em que o jogador recupera seu espaço na quadra) e o salto, por sua vez, orienta o processo de explosão.

A) O atleta começa o drill realizando um movimento de “entra e sai” nos cones do lado da quadra.

B) Para aguçar a explosão, o jogador pula um obstáculo, simulando o instante em que vai receber o saque adversário.

C) Para completar a sequência, ele aproveita a velocidade do jogo de pernas e corre para a frente buscando uma bola mais curta.

6) Pegou a manha

Após os exercícios de coordenação, movimentação e explosão, é hora de “recuperar a mão”, ou seja, encontrar o “timing” ideal para o golpe. Na sequência, o jogador se posiciona na área de saque (mais precisamente na linha do “T”) e despacha um swing-volley para refinar ainda mais a batida com top spin, nunca se esquecendo de trabalhar a região do quadril, o giro de tronco e a flexão das pernas no momento do contato com a bola.

- Por que perto do “T”?

Como o jogador tem apenas “meia quadra”, se não fazer a bola girar, o golpe, inevitavelmente, irá sair. Ele precisa imprimir rotação na bola para que ela venha a cair dentro da quadra e esse trabalho de aceleração da cabeça da raquete o ajudará também do fundo, principalmente quem tem um swing mais longo.

Sequência sugerida: Oito bolas para cada lado (forehand e backhand).

7) Aceleração

O jogador está quase lá, o seu movimento já sai naturalmente, e aquela sensação de estar “engessado” ficou no passado, seus golpes são disparados com maior propriedade. Portanto, vale a pena terminar o treino com um exercício que vai ajudá-lo a imprimir ainda maior potência através do trabalho correto do core (músculos do tronco) e da força pura do quadril.

- Dinâmica do exercício:

O jogador arremessa uma bola de 3 kg contra a parede, parceiro de treino ou professor para trabalhar o giro do tronco e a sustentação do quadril, e logo depois, lança a bola simulando os movimentos de backhand e forehand, e, por fim, executa os drills na prática para sentir, de fato, o golpe com maior potência.

O professor deve lançar a bolinha para que o jogador intercepte-a com swing-volley do fundo, com o objetivo de ganhar maior potência nas bolas sem peso. O ponto-chave aqui é: “entre na bola”, ou seja, ataque e imprima rotação no golpe com ela ainda na altura da cintura para que ultrapasse a rede com uma boa margem de segurança.

- Sequência sugerida:

Três séries de 10 exercícios com bola de 3 kg. Indicado para jogadores que têm dificuldades em fixar o punho na batida.

- Agora vamos para a academia:

Já passou da hora de você mudar o seu conceito, se ainda acha que se ganha jogo apenas quem tem a técnica mais apurada.

É claro que a técnica é muito importante, mas nada, hoje em dia, parece ser mais fundamental nos esportes e também no tênis do que a forma física, observe e comprove isso na dominância de Nadal e Novak Djokovic.

De que adianta ter um arsenal completo de golpes se o próprio corpo não sustenta todo esse privilégio?

Não tem jeito! Você deve encarar o seu condicionamento como uma forma de apoio e auxílio a todo o seu potencial em quadra e, principalmente, como uma prevenção para não se lesionar. E, dessa maneira, também sugerimos alguns exercícios específicos que você pode realizar na academia para manter um equilíbrio no fortalecimento de toda a sua musculatura e tendões.

Aqui vale uma ressalva: antes de qualquer atividade física, procure um especialista para direcioná-lo sobre quais exercícios seriam ideais para a sua necessidade. Realizar exercícios que exigem uma sobrecarga maior sem orientação é correr riscos maiores de lesões e sérios problemas de saúde.

Supino

Os jogadores estão sempre trabalhando a movimentação de braço com o uso da raquete, gerando a ação muscular do peitoral que, durante o jogo, precisa ser reforçada. Portanto, esse exercício cria resistência e força no atleta para suportar altas cargas de treinos e jogos.

Leg press

Agora o atleta trabalha os membros inferiores e toda a musculatura do quadríceps com a finalidade de manter o bom condicionamento e a resistência física em jogos de longa duração. Além disso, favorece também a impulsão do atleta, porque ele acaba ganhando maior potência nos saltos.

Remada em pé com agachamento

A técnica do agachamento pode ser trabalhada pelo jogador de forma funcional ou localizada, buscando maior flexibilidade. Esse exercício, assim como o do leg press, também prioriza os membros inferiores para mudanças bruscas de direção, giro do tronco e flexão dos joelhos nas bolas baixas. A remada é uma opção de exercício que auxilia no fortalecimento da região dorsal (costas).

Abdômen

Ação direcionada para o core, mas que também ativa outros grupos musculares para a sustentação do corpo (no formato de prancha). É através de uma boa postura que conseguimos um maior equilíbrio nos golpes, giros e deslocamentos já conhecidos na quadra.

Bíceps, tríceps e ombro

São grupos musculares essenciais ao tenista, que devem ter reforço para suportar a demanda de movimentos repetitivos, como o do ombro, a principal articulação acionada nos movimentos de braço. Portanto, essas articulações precisam de um equilíbrio muscular para o momento que forem utilizadas nos jogos, além de contribuir para um melhor rendimento dos golpes.

Por Matheus Martins Fontes

Adaptação & Atualização by SérgioAffonso - Academia X Tennis BH

1. Colaboração do treinador Edvaldo Oliveira, que coordena a equipe Oliveira Tennis, do Harmonia Tênis Clube, em São José do Rio Preto/SP. Contato: oliveiratennis@hotmail.com

2. Exercícios na academia: Welington Gonçalves, preparador físico de Alto rendimento do HTC. Contato: winacio.goncalves@hotmail.com

3. Jogadores: Augusto Laranja, Karina Saeri Ono, Vinicius Saeri Ono, Victor Hugo Zanardi, Ana Laura Zanardi, Fernando Rosaboni, João Lucas Alves, Lucas Zocal, Leticia Buosi, Caroline Ronchi Furlaneto, Matheus Ronchi Furlaneto, Debora Braga Souza, Tulio Crepaldi, Rodolfo Junior Alves, Heitor Garcia, Leonardo Andreoli, Henrique El Assal e Murilo Gambera.

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